21.10.07



«Rebellion (Lies)» Arcade Fire. 2005 (video)

Ao rever o clip de «Rebellion(Lies)» não deixo de pensar que há dois modos de estar na música: o passivo e o activo. A militância Arcade Fire ainda é uma criança - embora os habituais detractores da cultura pop já o queiram desmobilizar ao difícil segundo álbum... - e o futuro o dirá, mas a necessidade de uma procura urgente de novas linguagens e novas/próximas estéticas de vida é algo que assola muitos dos artistas da cultura pop. E é de saudar. Ao invés de cristalizar uma opção profissional de vida numa determinada receita, há aqueles que no matter what querem sempre mais do menos, não condicionando a sua carreira à subjugação da vontade do público e da crítica. É ver o novo dia sempre a uma luz diferente, é por vezes bipolar e até esquizofrénico, mas é muito mais chama do que apenas entretenimento. E isso pode fazer com que se passem longas temporadas longe do senso comum ou da opinião do mais e menos próximo. Mas é esse percurso que interessa, esse autismo que a música popular deve preservar. A bem da insanidade, neste fascismo normalizativo que conta novamente com polícia secreta e presidentes do Conselho. Sim, a música popular pode ser muito mais do que apenas entretenimento, pode ser também um modo de vida subversivo e de eternidade. *****

2 comentários:

Sr. Xavier disse...

é impressão minha, mas faz-me lembrar a mesma militância Portishead nos idos 90's. Com as devidas diferenças, ok...
Mas onde estão os Portishead hoje em dia?
E na altura imprensa-que-temos/público-que-temos diziam em unisono mudar o mundo e tal...

O que pessoal quer é faducho! Carpideiras...

o delfim disse...

Ó Xavier, diz-me lá é que modelo é aquele de Vespa que está nas fotos do Mods.pt!...