21.10.07



«An Ideal for Living» Joy Division 1978 (Vinil, Ep)

A única coisa que nos pode escapar - além das verdades universais de que os Joy Division foram das bandas mais sérias dos finais de 70, mantendo-se tão ou mais importantes até hoje - é como se tornou paradoxal a relação entre a imagética da banda e o modo como a sua obra tocou as pessoas. De música ainda incipiente, a finalizar um pós-punk derivado do eixo The Fall-Buzzcocks, a estética já era forte no Ep de estréia, em 1978, «An Ideal for Living». Poucos se poderiam gabar hoje de ostentar no arranjo gráfico dos seus discos e posters reproduções de propaganda da juventude Hitleriana - linha que seria seguida pelos New Order com o decalque de símbolos fascistas e futuristas italianos - ou mesmo apelidar a banda de «Joy Division»: nome dado ao grupo de prisioneiras mantidas vivas nos campos de concentração apenas para satisfazerem as necessidades sexuais dos soldados alemães... Mas eram outros tempos, talvez fossemos mais livres, quando o politicamente correcto ainda não misturava a arte com a política. Ian Curtis era um germanófilo assumido - foi a mulher que impediu que se casassem ao som de uma «variação» do hino alemão... - numa época em que chocar o mundo fazia parte da arte. Hoje, Bryan Ferry perde um dinheirão no mundo da moda por, numa entrevista, ter gabado o corte das fardas SS... A música exemplar, essa viria depois de «An Ideal for Living», mas estava assim iniciado um caminho Histórico que havia de ser curto para Curtis... ***

1 comentário:

Anónimo disse...

for mariza...

há anões, há punks, há coelhos com estrelas, há dentuças, há música tradicional portuguesa, há ursos, há mágicos, há mods, há políticos portugueses, há floribellas, há famílias superstars, há casamentos de sonho, há chiquititas...

há tratado em 13.12.07, né?

há + ópdio do grande, em 2008!!!